Você não sente nem vê
Mas eu não posso deixar de dizer, meu amigo
Que uma nova mudança em breve vai acontecer
E o que há algum tempo era jovem novo
Hoje é antigo, e precisamos todos rejuvenescer
Nunca mais meu pai falou: “She’s leaving home”
E meteu o pé na estrada, “Like a Rolling Stone…”
Nunca mais eu convidei minha menina
Para correr no meu carro… (loucura, chiclete e som)
Nunca mais você saiu a rua em grupo reunido
O dedo em V, cabelo ao vento, amor e flor, quero cartaz
No presente a mente, o corpo é diferente
E o passado é uma roupa que não nos serve mais
No presente a mente, o corpo é diferente
E o passado é uma roupa que não nos serve mais
Você não sente não vê
Mas eu não posso deixar de dizer, meu amigo
Que uma nova mudança em breve vai acontecer
O que há algum tempo era jovem novo,
Hoje é antigo
E precisamos todos rejuvenescer
E precisamos rejuvenescer
Como Poe, poeta louco americano,
Eu pergunto ao passarinho:
“Black bird, assum-preto, o que se faz?”
Haven never haven never haven
Black bird me responde
Tudo já ficou atrás
Haven never haven never haven
Black bird, assum-preto me responde
O passado nunca mais
Você não sente não vê
Mas eu não posso deixar de dizer, meu amigo
Que uma nova mudança em breve vai acontecer
O que há algum tempo era jovem novo,
Hoje é antigo
E precisamos todos rejuvenescer
E precisamos rejuvenescer
E precisamos todos rejuvenescer
E precisamos todos rejuvenescer
“Velha Roupa Colorida” (Alucinação, 1976), Belchior